segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O Tempo Não Volta...


Crônica da Semana

“ O Tempo Não Volta...”

O ano era 1980. Que bela época! No rádio, “Funkin´For Jamaica”, do memorável Jazzista 'Tom Browne' (desconhecido, aqui no Brasil), tocava à quase toda hora, na programação da saudosa Difusora FM...Deliciosamente, meus ouvidos captavam cada detalhe de um som que, hoje, pouco se escuta nas rádios, aliás, pode-se dizer que nem se ouve mais.
Deus, como era bom! A preocupação era em, apenas, estudar, andar de bicicleta com os amigos, roubar goiaba e caqui do vizinho mais próximo...Enchia a pança...Às vezes, passava mal ! – Rsrsrsr .
A bike era "verde-floresta"...Feia, que doía...mas, era a minha paixão. Cuidava dela, como ninguém, aliás, tanto que era irritação certa para o meu pai, que ao chegar cansado do trabalho, me via às voltas, com aquela cangalha sobre rodas, toda ralada, sem paralamas, que eu insistia, em toda semana dar uma polida nos raios de aro 26, que brilhavam, ao sol, a cada giro. Era deslumbrante! Pra mim, que não passava de um moleque de doze anos de idade, tudo era uma grande festa.
A fama de 'bom-vivan', mesmo sendo de família humilde, porém muito digna, me causava um certo orgulho. Pelo menos, não sofria da mesma triste rotina, que muitos meninos "afro-descendentes", da minha época: "vender bala, no semáforo ou engraxar sapatos, para ajudar, em casa". – Isso mal me passava, pela cabeça...E quando me lembrava, vinha-me um sentimento de ‘pesar’. Era natural que ficasse triste, vez por outra, no entanto, a cabeça era de vento e com o vento iam as minhas pedaladas. Sumia bairro adentro, passando a tarde toda ao sabor de boas gargalhadas, das goiabas roubadas, dos tombos inusitados, do suor no rosto e uma triste sensação do aviso de que, aquilo não iria durar a vida toda e passaria como um “flash”.
E se foi...Para a minha tristeza!
Rápido demais...
...Tão rápido, que hoje, já um homem formado, me recordo de cada momento, como se tivesse acontecido ante-ontem, de cada pedaço de fruta roubada, de cada segundo de alegria...Algo tão mágico, como a nossa própria infância, em sua magnitude. Tão absurdamente efêmera, mas de um encanto desconcertante...
...Claro, por isso é que encanta !

Quero dizer, com isso que o tempo corre e nesta corrida implacável, sem direito a “pit-stop”, junto, vão nossas vidas. Ficamos adultos e na maioria das vezes, casamos a constituir novas famílias, buscamos, em função do nosso próprio estado de insanidade existencial, a vida perfeita, onde se encaixa o modelo do homem de bem. Carro do ano, casa dos sonhos, família com sorriso ‘Colgate’, cachorrinho feliz.
A troco de quê!?? De se ver, na essência do seu desespero !!??
Cabelos caem, aos tufos, a cada banho. A barriga cresce, a cada gole de cerveja, junto com as contas, que já, não são poucas. O olhar de ternura e carinho da mulher dispensado, no início da relação, dá lugar à uma expressão de inquietação e angústia a cada observar do companheiro ao lado. Os filhos!? Blááááá...Estes farão de conta que a gente não existe, pelo menos, até a hora, em que o seus 'bolsos vorazes' esvaziem! Rsrsr !

Aí, é a hora de olhar, para trás...
O tempo não volta, a velhice chega e a vida poderá, já não ter mais tanta graça !

Por isso, é preciso viver cada segundo, cada instante, como se o ar lhe fosse faltar nas próximas horas, porque nem sabemos, mesmo, até onde podemos chegar.

O TEMPO É PRECIOSO E NUNCA VOLTA!

Bene
28.01.2008 –
22:12h

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

'Motivação'


'Crônica da Semana'


'Motivação'


Palavra tão comentada, em nosso dia-a-dia...Ao sairmos de casa, o simples fato de estarmos em perfeitas condições, para mais uma jornada de trabalho, já nos dá a certeza de que é preciso ver o quanto somos privilegiados, em poder buscar, por si próprios, os meios para se ganhar a vida de forma honesta. Devemos pensar que, há muitos na ‘fila’, alimentando o sonho de ser útil, de qualquer forma. Muitas vezes, não se dá a devida importância àquilo que temos, em mãos. Queixas de toda espécie, sentimentos de preguiça e má vontade, ausência de perspectivas e a falta de senso auto-critico são formas de se tornar ‘tudo’ mais cansativo e sem sentido. É certo que, muitas das vezes, as circunstâncias são desfavoráveis, mas, se fizermos um pequeno esforço, para reverter o modo de pensar, ou seja, se houver uma iniciativa verdadeira, de comprometimento com as boas intenções, reaplicá-las, em nosso cotidiano e mantermos esta mesma iniciativa, como objetivo constante, veremos, no fim das contas, melhores resultados, naquilo que fazemos. Isso se chama “motivação”. É o estar mais animado, é estar em concordância com o senso de cooperação com o próximo, é dar vazão aos princípios de união, valorização individual e coletiva e por fim, é o tentar enxergar a vida, com mais entusiasmo. Automaticamente, o que se espera de melhor, nos vem de maneira bem mais suave e sem obstáculos.


Bene

22.01.2008

09:44h

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

"Reflexão"



'Reflexão'

Dia desses, enquanto aguardava ser atendido pela minha dentista, no consultório, o rádio ligado, sintonizava uma estação só de música brasileira. Atentamente, ouvindo as 'pérolas' da nossa 'boa música', uma me chamou mais a atenção. É claro, não poderia ser diferente. Era ninguém menos, do que 'Beto Guedes' e sua brilhante "Amor de índio"......Ao ouvir tal canção, que me emociona a cada vez que é tocada, um refrão ficou "cravado", em minha mente, como um doce aviso: "TODO DIA É DE VIVER, PARA SER O QUE FOR E SER TUDO". Meu Deus...Essa frase resume tudo o que, numa "vida inteira", custamos a 'ver'...Ou seja, a síntese da vida está implícita em como sabemos aproveitar os melhores momentos, que nos são dados de 'bandeja'. Muitas das vezes, o 'desperdício inaceitável' de tempo com coisas sem importância faz de nós "seres" mais evasivos e sem conteúdo. Será que, é preciso ver tudo passar tão rápido a ponto de não enxergar o óbvio?Devemos lembrar que: "...a abelha fazendo mel, vale o tempo que não voou...". __ Resumindo: "é preciso sensatez para 'tentar' rever o tempo que se perdeu e substituir o que se deixou escapar, por entre os vãos dos dedos, por outras coisas ou momentos de igual valor.

Benê
11.01.2008
08:51h

“Tecnologia ou Calor Humano?”

15 de Janeiro de 2008

'Crônica da Semana'

Tecnologia ou Calor Humano?”

Este mundão é pequeno, mesmo......Ainda há pouco, estava passeando por cidades, estradas, avenidas, bairros, ruas, sem se quer, levantar a minha 'bunda' da cadeira...(Rsrrs). É que, na verdade, estava num destes 'inventos mirabolantes', vindos dos norte-americanos, cujo auxílio, nos dias atuais, é de grande importância, para aqueles que usam da tecnologia, para conhecer novos lugares e quem sabe prever construções ou mesmo, saber a distância que deverá percorrer, de casa a qualquer lugar que seja. O invento? Aah, sim...O 'Google Earth', ou 'Google Terra', para os ferrenhos protetores da língua portuguesa. Incrível, como a tecnologia pode nos favorecer tanto, através destes recursos maravilhosos, como o que acabei de mencionar e ver. É tão brilhante saber que, há alguns anos atrás, nem se podia imaginar que falar ao telefone fosse algo mais do que ter um simples aparelho dentro de casa e uma concessão de “linha” para conversação que, se lavava anos para ser adquirida. Hoje, num 'piscar de olhos', podemos ter mais de uma linha de telefonia celular, podemos nos comunicar pelo computador, baixar músicas ( diga-se “download”), através de provedores do mundo todo e nesta cadeia evolutiva de avanços, dentro da tal ‘Globalização’, o Japão é logo alí. Aliás, aquela idéia, de quando éramos crianças, na qual, poderíamos escavar um longo túnel, em linha reta, para se sair do outro lado do mundo, está definitivamente, fora de cogitação; tanto que, ao sentir a possibilidade de conversar, com um amigo que está tão longe, como se ele estivesse na casa ao lado, tira de vez esta idéia quase absurda de que tudo está tão distante. Porém, fica uma pergunta: Como fica o calor-humano, nestas horas!? Aquele abraço fraterno, aquele ‘olho-no-olho’, aquelas horas de prazer curtidas a dois, seja com quem quer que seja, enfim...Como ficam as nossas condições, diante dessa parafernalha de informações e ciber-avanços? Vai pro “ralo” da certeza incondicional de um futuro devastador, onde se verá mais máquinas a governar do que homens? Ou estaremos, ainda, em tempo de rever os reais valores de proximidade com o que é mais essencial...(?)...A vida.

Benê
15.01.2008
15:08h