segunda-feira, 16 de junho de 2008

O Desafio de Transpor a Lei de Murphy

Crônica da Semana

O Desafio de Transpor a Lei de Murphy
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Exagero ou não, devo chamar a atenção para algo notável. É incrível, como se pode presenciar a dificuldade de se atingir o auge da felicidade plena e quão fácil é se aborrecer, por qualquer “grampo” que caia ao chão, com o mínimo de ruído que faça.
É o extremo oposto da condição de se tentar buscar alguma coisa melhor à si próprio. O mergulho involuntário ao poço do desequilíbrio 'psico-emocional', proveniente da carga excessiva de trabalho a que se submete o homem de hoje, não deixa dúvidas que o caminho para o surto da insanidade possa ser proveniente de, apenas, um "empurrãozinho" para o abismo do desespero.
Profundo, não?
Uma óva!!
Faz parte da nossa passagem pelas veredas dessa vida, em que, hora, se está a favor da maré...hora, está contra.
Do nascer ao por do sol, durante apenas, um dia só, pode se ver tanta coisa a acontecer. O barco muda a rota, o trem pára no meio do caminho, deixando seus passageiros à deriva..., ou aquela venda, que estava sendo tão esperada acaba por ser fechada com o melhor cliente.
Veja que, surpresas boas e ruins, sempre nos acomete, mas o que chama a atenção é o fato de se presenciar mais coisas ruins ao redor.
Pouco se sabe a respeito, mas há comprovações feitas, através de pesquisas durante anos, por especialistas no assunto, que mostram a grande tendência que se tem, a estar mais próximo, magneticamente falando, de energias com características negativas. Vive-se numa camada de ‘ondas’ de baixo calão, onde toda e qualquer forma de abalo e desestrutura emocional é a bola da vez. Perde-se a paciência, por nada, chuta-se o vento, com o maior dos vigores, se lançam palavras de obscuridade, ao vento, sem ter a real noção do retorno, pra lá, de indesejável a qualquer um que se submeta, mesmo inconscientemente, ao expurgo dos piores tipos de pensamentos e desejos.
A reação em cadeia não deixa dúvidas...
...Não preciso perder meu tempo, aqui, a entrar em detalhes! Basta ver o cotidiano estampado nas manchetes dos jornais e a grande farra do sensacionalismo ditado pelo “frenesi” da mídia eletrônica e suas nocivas vertentes.
Diz-se que, devemos nos afastar de tudo o que venha a atingir negativamente a nossa 'psique', porém fica a dúvida “do como proceder (?)”, se, por toda parte, estão os personagens principais desse filme dos horrores, onde os atores coadjuvantes somos nós mesmos que compomos, com exímia desenvoltura. A impressão é que, dentro desse ciclo vicioso, onde não parece haver uma ‘porta de saída’, todos nós estaremos sujeitos ao cerne da mediocridade, vedados pelo medo e a incerteza, fadados ao absurdo da própria perda de identidade. A busca constante pelo bem-estar material, na realidade, é a busca involuntária por algo que nunca nos fará satisfeitos.
Luxúria, dinheiro, ganância em excesso; esses são os principais ingredientes para o copo de ‘fel’ a ser degustado e celebrado a caminho do ‘vale-da-desgraça’ previsível, tendo como pano de fundo, a imagem do capitalismo opressor que, invariavelmente, se apresenta na mais fina estampa do business World’ * .
A saída para tudo isso está no extremo oposto de nossa consciência; e a corrida em busca dela, se faz desesperadamente, pelas vias de um labirinto que nos causa pânico, pelo desafio que nos oferece a se escapar das voltas em círculo.
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Dia desses, ao participar de uma palestra sobre “espiritualidade”, perguntei ao ‘condutor’ se estávamos, de fato (digo, a ‘humanidade’), próximos de vivenciar uma renovação espiritual coletiva ou se tudo está mesmo, num fim tão insistentemente anunciado.
A resposta foi rápida, pronta e de sábia precisão aos meus anseios:

“...Meu caro espectador (assim disse o palestrante), a resposta à sua indagação está dentro de si mesmo, ao se questionar sobre: O que você fez, o que você faz e o que você planeja fazer de bom ao seu próximo(?!)...”

O estarrecimento, tanto meu como o dos demais presentes, foi absoluto, pela sabedoria que se fez tão real naquele exato momento.

E desta forma, agora, fica-me muito mais evidente que, a chave e a porta de saída do tenebroso labirinto de nossas consciências, mencionado, há algumas linhas atrás, estão alojadas na forma de como passaremos a encarar, desde já, o desafio de nos aplicarmos, em corpo e alma ao nosso mais próximo semelhante!
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A porta de saída pode estar mais perto, do que se imagina!
É o desafio de transpor a lei de murphy!
Nós é quem geramos esse super campo magnético, seja para o bem ou indesejavelmente, para o mal.
Na situação atual, o formato pasteurizado da “salvação”, talvez, esteja na inversão de nossos valores e atitudes.

Nota _ * business world : mundo empresarial

Ass.:
BENE-BMFº
13:25h
16/06/2008

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