terça-feira, 25 de março de 2008

ENCONTROS E DESPEDIDAS


ENCONTROS E DESPEDIDAS


Quão mágica é a nossa trajetória existencial, neste plano-físico!

Dia destes, me peguei pensando: “O que a vida, ainda pode me reservar, no ‘cruzar’ com novas pessoas, sejam estas importantes ou não?”
Desde sempre, ainda no ventre materno, o pulsar de nossos batimentos cardíacos dependem, exclusivamente, daqueles que nos são importantes. Mãe, pai, irmãos e tantos outros a nos prestar presença, alento e satisfação, pelo desafio de prosseguir, em frente. Vem o crescimento, as descobertas, os sabores e, por que não também os dessabores, que a nossa longa caminhada ( às vezes, não muito longa! ) nos prepara.
Personalidades interessantes surgem-nos, como num piscar-de-olhos. - Ficam, se estabelecem em nosso cotidiano, nos mostram a razão de tudo ou quase tudo, nos alegram, se fazem prontas a qualquer preço, pelo nosso bem-estar, se fazem apaixonantes pelo modo em que suas almas se conduzem e muitas das vezes, vão para nunca mais voltar. Despem-nos, em toda a nossa essência; nos fazem reféns indefesos, presos ou dentro de uma generosidade sutil, nos mostram o caminho da liberdade plena, desvinculada e sem culpa.
Dentro desse panorama tão exposto e evidente, em nosso dia-a-dia, tenho me visto assim, numa corrida constante e involuntária, por novos rumos, onde no qual, os tipos de personalidades de que mencionei, estão lá, como numa ‘galeria de faces virtual’, que se apresenta, a cada lembrança, a cada reviver dos momentos de glória e fracasso. Posso dizer que, nesta minha trajetória, por vez, tão complexa e variavelmente desgastante, o que colhi foram bons frutos. Também fui a laranja podre, mas, perfeito quem é? Se existe alguém, que lance a artilharia.
Gosto muito de refletir sobre a música de título homônimo, que resume a vida, através da ótica simples e inteligente de alguém sentado a um banco de estação, em qualquer lugar deste mundo. Um resumir de nossa trajetória, em poucas linhas, que deriva tantas ‘entrelinhas’...

“...Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete, na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai, pra nunca mais
Tem gente que vem, quer ficar
Tem gente que vai, quer voltar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente...A sorrir e a chorar...”

(Trecho da obra de Milton Nascimento)

É uma emoção muito forte sentir a vibração desta obra-prima chamada
‘Encontros e Despedidas’.
É a linha-da-Vida, de cada um de nós, passada a limpo.


BMFº
25.03.2008
15:40h

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